"O Povo deixou-se levar nestas cantigas mas agora não vai perdoar aos verdadeiros responsáveis pela actual situação (...) No meio de tudo isto, uma terra, um povo, uma autarquia, é humilhada, maltratada e votada ao ostracismo, por uma classe política de baixo nível. Machico sempre disse não a esta política (...) Por isso tem pago a factura do seu atrevimento, do seu inalienável direito à diferença".
"Depois de ter mudado de cor política, Machico é um concelho renovado". Esta é a frase que me indignou e que me leva a escrever de imediato. Ouvia-a, agora mesmo, numa reportagem da RTP-Madeira, a propósito do Dia do Concelho. Disse-a, não o autarca político mas a jornalista da RTP-M. Isto não tem qualificação. E não tem porque se torna necessário conhecer a história de todo o processo, todas as vicissitudes e humilhações porque passaram os autarcas das vereações socialistas, com os cortes impostos pelo governo regional, o ostracismo a que foram votados, o protocolo de reequilíbrio financeiro a que os obrigaram e, mais tarde, quando essa tal força política venceu as eleições, depois de tantos constrangimentos, abriram os cordões à bolsa e criaram as infra-estruturas antes reclamadas pelos socialistas. É mentor de toda esta estratégia o Presidente do Governo com uma frente avançada chamada Engº Santos Costa, que há relativamente pouco tempo, teve "direito" ao seu nome numa estrada. Sem ter feito qualquer feito, apenas ter derramado ali o dinheiro público e com fins claramente políticos. Para que a RTP conheça o processo, aqui fica, vasculhando memórias, um artigo escrito, em 1995, por um ex-socialista, hoje presidente da Câmara de Machico em representação do PSD:"(...) Eis o insustentável mas previsível desfecho de uma política ardilosamente montada, por quem, no velho estilo do tudo sabe, tudo pode, tudo manda, não quer nem sombra de outras intervenções autónomas e personalizadas na vida da Região (...) Assim fizeram ao longo dos tempos todos os que teimaram em perpetuar o seu poder (...) Ele chama a si todas as campanhas eleitorais, define todas as estratégias administrativas, faz todas as promessas. A sua orientação política é piamente cultivada pelos seus pares (...) O Povo deixou-se levar nestas cantigas mas agora não vai perdoar aos verdadeiros responsáveis pela actual situação (...) No meio de tudo isto, uma terra, um povo, uma autarquia, é humilhada, maltratada e votada ao ostracismo, por uma classe política de baixo nível. Machico sempre disse não a esta política (...) Por isso tem pago a factura do seu atrevimento, do seu inalienável direito à diferença".O actual presidente da Câmara, antigo Vereador do PS, referia-se, assim, ao PSD. O que dizia e como hoje se comporta! O pior é que a RTP-M acompanha o PSD. Não sejam tão evidentes na forma de produzir informação tendenciosa. Respeitem o "serviço público" a que estão obrigados, com total independência e rigor. Ilustração: Google Imagens.
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"O Povo deixou-se levar nestas cantigas mas agora não vai perdoar aos verdadeiros responsáveis pela actual situação (...) No meio de tudo isto, uma terra, um povo, uma autarquia, é humilhada, maltratada e votada ao ostracismo, por uma classe política de baixo nível. Machico sempre disse não a esta política (...) Por isso tem pago a factura do seu atrevimento, do seu inalienável direito à diferença".
"Depois de ter mudado de cor política, Machico é um concelho renovado". Esta é a frase que me indignou e que me leva a escrever de imediato. Ouvia-a, agora mesmo, numa reportagem da RTP-Madeira, a propósito do Dia do Concelho. Disse-a, não o autarca político mas a jornalista da RTP-M. Isto não tem qualificação. E não tem porque se torna necessário conhecer a história de todo o processo, todas as vicissitudes e humilhações porque passaram os autarcas das vereações socialistas, com os cortes impostos pelo governo regional, o ostracismo a que foram votados, o protocolo de reequilíbrio financeiro a que os obrigaram e, mais tarde, quando essa tal força política venceu as eleições, depois de tantos constrangimentos, abriram os cordões à bolsa e criaram as infra-estruturas antes reclamadas pelos socialistas. É mentor de toda esta estratégia o Presidente do Governo com uma frente avançada chamada Engº Santos Costa, que há relativamente pouco tempo, teve "direito" ao seu nome numa estrada. Sem ter feito qualquer feito, apenas ter derramado ali o dinheiro público e com fins claramente políticos. Para que a RTP conheça o processo, aqui fica, vasculhando memórias, um artigo escrito, em 1995, por um ex-socialista, hoje presidente da Câmara de Machico em representação do PSD:"(...) Eis o insustentável mas previsível desfecho de uma política ardilosamente montada, por quem, no velho estilo do tudo sabe, tudo pode, tudo manda, não quer nem sombra de outras intervenções autónomas e personalizadas na vida da Região (...) Assim fizeram ao longo dos tempos todos os que teimaram em perpetuar o seu poder (...) Ele chama a si todas as campanhas eleitorais, define todas as estratégias administrativas, faz todas as promessas. A sua orientação política é piamente cultivada pelos seus pares (...) O Povo deixou-se levar nestas cantigas mas agora não vai perdoar aos verdadeiros responsáveis pela actual situação (...) No meio de tudo isto, uma terra, um povo, uma autarquia, é humilhada, maltratada e votada ao ostracismo, por uma classe política de baixo nível. Machico sempre disse não a esta política (...) Por isso tem pago a factura do seu atrevimento, do seu inalienável direito à diferença".O actual presidente da Câmara, antigo Vereador do PS, referia-se, assim, ao PSD. O que dizia e como hoje se comporta! O pior é que a RTP-M acompanha o PSD. Não sejam tão evidentes na forma de produzir informação tendenciosa. Respeitem o "serviço público" a que estão obrigados, com total independência e rigor. Ilustração: Google Imagens.