Governo diz que solução para Efacec “está mais perto do que já esteve”

15-03-2020
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O Governo, por Pedro Siza Vieira, admite que está para breve uma solução para a Efacec, a empresa energética de que a empresária Isabel dos Santos é a principal acionista. Com essa solução, que concretizará a saída da investidora angolana, a empresa conseguirá ficar estabilizada.

“Está mais perto do que já esteve”, declarou Siza Vieira na entrevista ao Público e Rádio Renascença, quando questionado sobre se uma solução – que não concretizou – está para breve.

A maior parte do capital da Efacec Power Solutions está, desde 2015, nas mãos da investidora angolana, sendo que são minoritários os grupos José de Mello e a Têxtil Manuel Gonçalves. Isabel dos Santos anunciou a saída do capital da empresa industrial – que era presidida por Mário Leite Silva, seu parceiro – logo após as revelações do Luanda Leaks, que levantaram dúvidas sobre a presidência da Sonangol. Só que ainda não há comprador definitivo, nem uma solução transitória que assegure as operações até que uma eventual operação se concretize.

“Parece importante esclarecer e assegurar estabilidade acionista. Esperamos que isso possa ser feito através de agentes privados, de acionistas, dos bancos que financiam a engenheira Isabel dos Santos e aqueles que financiam também a Efacec. Queremos evitar o pior cenário”, declarou Siza Vieira na entrevista publicada esta quinta-feira, 5 de março.

Novo Banco admite entrar de forma temporária no capital

Os bancos credores da Efacec – nomeadamente por via da entrada de Isabel dos Santos em 2015 – são a Caixa Geral de Depósitos, o BCP, o Novo Banco, o BPI e o Banco Montepio.

Na entrevista que deu ao Expresso no passado sábado, António Ramalho disse que havia propostas de compra não solicitadas pela Efacec, “como nunca tinha visto até hoje numa empresa”. Mas ainda nada está fechado. A solução estará a ser liderada pela Caixa, já que o presidente executivo do Novo Banco afirmou que está a acompanhar a Caixa “no sentido de apoiar qualquer solução”.

Embora não querendo concretizar o que está em causa, Ramalho assumiu que poderá entrar no capital da energética, “pontualmente", se for "necessário”. Mas seria “temporariamente”.

“Não estou a dizer que tenho nenhum gosto em gerir a Efacec. Qualquer operação que seja necessária para a Efacer ir ao mercado e ser adquirida por alguém que tenha competência para a gerir tem o meu apoio. Não ponho nenhuma restrição à cabeça. Estou 100% disponível para soluções rápidas”, continuou o CEO do banco.

Siza diz que solução tem de ser muito rápida

Ao Público e à Renascença, Siza Vieira acaba por assumir que "a empresa precisa rapidamente de uma solução na estrutura acionista". "Neste momento, temos uma acionista que não consegue sequer controlar a sua participação, por via do arresto. Portanto, esta situação precisa de ser resolvida muito rapidamente. Estou convecido que, se o fizermos depressa, será possível deopis estabilizar a empresa e consolidar o seu crescidmento”, continuou.

Liderada por Ângelo Ramalho, a Efacec tem tentado mostrar publicamente que está afastada dos problemas que afetam a sua principal acionista, que tem as contas arrestadas pela justiça. “A Efacec tem uma gestão independente e reúne todas as condições para honrar os compromissos acordados com todos os seus colaboradores e fornecedores, não estando colocada a possibilidade de não pagamento de salários ou incumprimento dos seus compromissos”, declarou a empresa, em comunicado, em fevereiro.

E o dinheiro da venda?

Além da Efacec, Isabel dos Santos está a vender a sua participação de 42,5% no EuroBic, a ser alienada em conjunto com os seus sócios, nomeadamente Fernando Teles.

O governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, afirmou que nada pode fazer por sua iniciativa para assegurar que o dinheiro fica retido em Portugal - já o primeiro-ministro António Costa disse, no Parlamento, que há meios para o fazer. De qualquer forma, o governador admitiu que, se for essa a orientação recebida das autoridades judiciais, há formas de o cumprir, até porque a transferência de pagamento terá sempre origem na União Europeia.

O Governo, por Pedro Siza Vieira, admite que está para breve uma solução para a Efacec, a empresa energética de que a empresária Isabel dos Santos é a principal acionista. Com essa solução, que concretizará a saída da investidora angolana, a empresa conseguirá ficar estabilizada.

“Está mais perto do que já esteve”, declarou Siza Vieira na entrevista ao Público e Rádio Renascença, quando questionado sobre se uma solução – que não concretizou – está para breve.

A maior parte do capital da Efacec Power Solutions está, desde 2015, nas mãos da investidora angolana, sendo que são minoritários os grupos José de Mello e a Têxtil Manuel Gonçalves. Isabel dos Santos anunciou a saída do capital da empresa industrial – que era presidida por Mário Leite Silva, seu parceiro – logo após as revelações do Luanda Leaks, que levantaram dúvidas sobre a presidência da Sonangol. Só que ainda não há comprador definitivo, nem uma solução transitória que assegure as operações até que uma eventual operação se concretize.

“Parece importante esclarecer e assegurar estabilidade acionista. Esperamos que isso possa ser feito através de agentes privados, de acionistas, dos bancos que financiam a engenheira Isabel dos Santos e aqueles que financiam também a Efacec. Queremos evitar o pior cenário”, declarou Siza Vieira na entrevista publicada esta quinta-feira, 5 de março.

Novo Banco admite entrar de forma temporária no capital

Os bancos credores da Efacec – nomeadamente por via da entrada de Isabel dos Santos em 2015 – são a Caixa Geral de Depósitos, o BCP, o Novo Banco, o BPI e o Banco Montepio.

Na entrevista que deu ao Expresso no passado sábado, António Ramalho disse que havia propostas de compra não solicitadas pela Efacec, “como nunca tinha visto até hoje numa empresa”. Mas ainda nada está fechado. A solução estará a ser liderada pela Caixa, já que o presidente executivo do Novo Banco afirmou que está a acompanhar a Caixa “no sentido de apoiar qualquer solução”.

Embora não querendo concretizar o que está em causa, Ramalho assumiu que poderá entrar no capital da energética, “pontualmente", se for "necessário”. Mas seria “temporariamente”.

“Não estou a dizer que tenho nenhum gosto em gerir a Efacec. Qualquer operação que seja necessária para a Efacer ir ao mercado e ser adquirida por alguém que tenha competência para a gerir tem o meu apoio. Não ponho nenhuma restrição à cabeça. Estou 100% disponível para soluções rápidas”, continuou o CEO do banco.

Siza diz que solução tem de ser muito rápida

Ao Público e à Renascença, Siza Vieira acaba por assumir que "a empresa precisa rapidamente de uma solução na estrutura acionista". "Neste momento, temos uma acionista que não consegue sequer controlar a sua participação, por via do arresto. Portanto, esta situação precisa de ser resolvida muito rapidamente. Estou convecido que, se o fizermos depressa, será possível deopis estabilizar a empresa e consolidar o seu crescidmento”, continuou.

Liderada por Ângelo Ramalho, a Efacec tem tentado mostrar publicamente que está afastada dos problemas que afetam a sua principal acionista, que tem as contas arrestadas pela justiça. “A Efacec tem uma gestão independente e reúne todas as condições para honrar os compromissos acordados com todos os seus colaboradores e fornecedores, não estando colocada a possibilidade de não pagamento de salários ou incumprimento dos seus compromissos”, declarou a empresa, em comunicado, em fevereiro.

E o dinheiro da venda?

Além da Efacec, Isabel dos Santos está a vender a sua participação de 42,5% no EuroBic, a ser alienada em conjunto com os seus sócios, nomeadamente Fernando Teles.

O governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, afirmou que nada pode fazer por sua iniciativa para assegurar que o dinheiro fica retido em Portugal - já o primeiro-ministro António Costa disse, no Parlamento, que há meios para o fazer. De qualquer forma, o governador admitiu que, se for essa a orientação recebida das autoridades judiciais, há formas de o cumprir, até porque a transferência de pagamento terá sempre origem na União Europeia.

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