El Sepulcro

21-06-2020
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Freitas do Amaral foi ao Parlamento falar dos ‘cartoons’. Quem me lê sabe que estou em desacordo com ele. Mas, ontem, gostei. Ele virou-se para Telmo Correia, do CDS, e lançou-lhe: “É preciso topete!”. Se há coisa que me comove é a defesa de palavras em extinção.Topete é poupa (à Tintin) que os jovens voltam a usar mas que desapareceu da nossa conversa. É comum no Brasil: algumas espécies de beija-flor são de topete, e topete dizia-se do penteado do ex-presidente Itamar Franco. Mas, por cá, Eça foi o último a usar. Em ‘Os Maias’, ouve-se dizer, como ouviu Telmo Correia: “É preciso ter topete!”. E em ‘A Cidade e as Serras’ fala-se de uma “cantiga meio porca” mas com “topete”. Eu tirava Freitas dos Negócios Estrangeiros e punha-o ministro das Palavras Antigas.Por Ferreira Fernandes, em Correio da Manhã.


Freitas do Amaral foi ao Parlamento falar dos ‘cartoons’. Quem me lê sabe que estou em desacordo com ele. Mas, ontem, gostei. Ele virou-se para Telmo Correia, do CDS, e lançou-lhe: “É preciso topete!”. Se há coisa que me comove é a defesa de palavras em extinção.Topete é poupa (à Tintin) que os jovens voltam a usar mas que desapareceu da nossa conversa. É comum no Brasil: algumas espécies de beija-flor são de topete, e topete dizia-se do penteado do ex-presidente Itamar Franco. Mas, por cá, Eça foi o último a usar. Em ‘Os Maias’, ouve-se dizer, como ouviu Telmo Correia: “É preciso ter topete!”. E em ‘A Cidade e as Serras’ fala-se de uma “cantiga meio porca” mas com “topete”. Eu tirava Freitas dos Negócios Estrangeiros e punha-o ministro das Palavras Antigas.Por Ferreira Fernandes, em Correio da Manhã.

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