Raios te partamQue não és espelho, vidro de algum,Massa em espasmos, força!A lua esconde-te, sem paralelum.Luz, disse GoetheDevorando o teu astroComo um navio sem medoDeixando no oceano o lastro.O meu corpo recupera do teuA alma infinitaBrilho, cor, suor, o calorSem que agora o sinta.Nas horas longínquas em que te possuoComovo-me com a tua bondadeSão horas permitidasAquelas em que tenho mais saudadeDe ti, brasa e candeia dos diasFazes mover as vidasPerpétuas de dorLágrimas cometidas.Teu signo é leãoÓ esfera que nos cegaO destino é sempre esteErrar como ele erra.“Errante é tanto aqueleque se engana comoaquele que deambula.”Rui RochaDebaixo do Bulcão poezineNúmero 10 – Almada, Setembro 1998
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Raios te partamQue não és espelho, vidro de algum,Massa em espasmos, força!A lua esconde-te, sem paralelum.Luz, disse GoetheDevorando o teu astroComo um navio sem medoDeixando no oceano o lastro.O meu corpo recupera do teuA alma infinitaBrilho, cor, suor, o calorSem que agora o sinta.Nas horas longínquas em que te possuoComovo-me com a tua bondadeSão horas permitidasAquelas em que tenho mais saudadeDe ti, brasa e candeia dos diasFazes mover as vidasPerpétuas de dorLágrimas cometidas.Teu signo é leãoÓ esfera que nos cegaO destino é sempre esteErrar como ele erra.“Errante é tanto aqueleque se engana comoaquele que deambula.”Rui RochaDebaixo do Bulcão poezineNúmero 10 – Almada, Setembro 1998