O mundo aguarda ansiosamente (ou não), pelas explicações que Pedro Guerra dará logo à noite sobre o caso dos emails.
Para mim, um Benfiquista que nem sempre é coerente mas que tenta ser sempre o mais coerente possível, a leitura que faço só pode ser a mesmíssima leitura que teria se os protagonistas fossem outros de uma qualquer outra cor clubística: Investigue-se e, se houver infração, que seja punida exemplarmente.
Mas o que não vale é falar-se em cortinas de fumo como fazem alguns Benfiquistas agora, fumaça que só nos visa prejudicar para esconder falhas alheias. Quando a fumaça aparece nos outros lados (mesmo que seja só fumaça), sempre prontos a apontar o dedo e a opinar sobre factos ainda não provados. Quando é do nosso lado, é fumaça pois, e aí estamos nós a reclamar da nossa inocência, mesmo desconhecedores de todos os factos, apenas e só porque é o Benfica.
A verdade é que nestas coisas, e à velocidade a que nos dias de hoje uma notícia nasce e morre e se passa logo à notícia seguinte sem que a notícia prévia tenha tido um epílogo e uma conclusão sustentada, o simples facto de surgirem estes cabeçalhos nos jornais, produz o seu efeito, põe a malta a opinar, e coloca o nome dos clubes e das pessoas na lama.
Daqui a uns tempos, quando já ninguém se lembrar deste caso mas surgir um outro caso qualquer, se calhar também só fumaça, mas relacionado com outro clube, lá estaremos nós a apontar o dedo e eles a responder com o “Ah e tal, lembras-te dos emails do Pedro Guerra?” E é assim que estas coisas, verdadeiras ou não, lançam a desconfiança e perduram no tempo.
Mas também só falta agora o Pedro Guerra vir dizer logo à noite, tal como faz quando debita informação (ou desinformação, para alguns) no Prolongamento, que está ali (a enviar emails) em nome pessoal e que o Benfica não tem nada a ver com aquilo.
Tretas! Talvez as pessoas não tenham entendido ainda o ponto a que chegámos. O ponto a que chegámos é que logo à noite o país vai parar para ouvir as explicações de Pedro Guerra sobre um caso que envolve o Benfica. Esse é o ponto a que chegámos, meus amigos.
O ponto que Diamantino Miranda tão bem expressou na sua intervenção ontem na TV, de que nos dias hoje, quando vai aos jogos na Luz sente inveja de Pedro Guerra, porque ele é que é o herói! E quem diz o Guerra, diz os Saraivas e os Marques e essa “porcaria” toda.
Esses é que são os novos heróis dos clubes, a malta que faz carreira da arte de maldizer e de debitar bojardas sobre os outros clubes. O Guerra é que é o herói das selfies nos dias de hoje, não é o Diamantino, que tudo o que sabia fazer era dar uns chutes jeitosos na bola e dar umas alegriazitas aos adeptos com uns golitos que marcava.
E sobre isto é que se deve refletir, independentemente de ser o Guerra o protagonista, ou José ou a Luísa, ou até o Hugo Gil e a maior parte dos blogues, até deste da qual eu faço parte...
Porque sem fazer juízos de valor, apenas uma constatação dos factos, eu que sigo o Hugo Gil no meu facebook percebo que 99% do que o Hugo Gil lança é para “defender” o Benfica, não é para discutir o Benfica... Quase sempre é para falar bem mais dos outros do que do próprio Benfica, porque se acha que é assim que se defende o Benfica.
E isto não é uma crítica ao Hugo Gil... O Hugo Gil não será mais do que o reflexo do contexto “desportivo” que se vive em Portugal nos dias de hoje... Eu próprio, que escrevo neste blogue desde o primeiro ano de Jorge Jesus no Benfica, noto como as coisas mudaram...
Nesses tempos, não tão longínquos assim, este blogue e outros existiam essencialmente para se discutir o Benfica, mesmo que à conta de muitas alarvidades que também eram ditas. 99% do que se escrevia era sobre o Benfica e o espaço destinado aos adversários era muito curto.
Hoje, o que se nota (ou o que eu noto), na era da comunicação, na era em que até os “especialistas” da bola como o Rui Santos vêm dizer que o Porto não ganha porque acordou tarde para esta realidade de que os Pedros Guerras é que ganham campeonatos, até os blogues se tornaram inconscientemente veículos de comunicação dos clubes e desta teia que se montou.
A ideia que me dá é que hoje a malta acha que está toda em guerra, e até fica mal a um Benfiquista vir a um blogue do Benfica discutir o Benfica sobre algo negativo para o clube, porque não faltará quem venha dizer: “Olha-me este infiltrado, já não chegam os ataques dos outros, tens de vir tu também para aqui apunhalar-nos nas costas e lançar ainda mais lenha para a fogueira?!”
E essa é a reflexão que cada vez mais faço nos dias de hoje, e a razão pela qual cada vez vou escrevendo menos e revelando menos interesse por estes assuntos...
É este o futebol que quero? É o Pedro Guerra o herói que quero ter? É com estas novelas das bojardas e das mentiras e da desinformação desportivas que quero perder o meu tempo?
Cada vez mais o meu interesse se resume ao jogo da bola ao Domingo... E cada vez mais me vou tornando com orgulho num adepto desinformado, consciente de que prefiro ser um adepto desinformado do que um adepto mal informado, que é o que acontece àqueles que não perdem pitada de nada e vão seguindo o rebanho religiosamente.
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O mundo aguarda ansiosamente (ou não), pelas explicações que Pedro Guerra dará logo à noite sobre o caso dos emails.
Para mim, um Benfiquista que nem sempre é coerente mas que tenta ser sempre o mais coerente possível, a leitura que faço só pode ser a mesmíssima leitura que teria se os protagonistas fossem outros de uma qualquer outra cor clubística: Investigue-se e, se houver infração, que seja punida exemplarmente.
Mas o que não vale é falar-se em cortinas de fumo como fazem alguns Benfiquistas agora, fumaça que só nos visa prejudicar para esconder falhas alheias. Quando a fumaça aparece nos outros lados (mesmo que seja só fumaça), sempre prontos a apontar o dedo e a opinar sobre factos ainda não provados. Quando é do nosso lado, é fumaça pois, e aí estamos nós a reclamar da nossa inocência, mesmo desconhecedores de todos os factos, apenas e só porque é o Benfica.
A verdade é que nestas coisas, e à velocidade a que nos dias de hoje uma notícia nasce e morre e se passa logo à notícia seguinte sem que a notícia prévia tenha tido um epílogo e uma conclusão sustentada, o simples facto de surgirem estes cabeçalhos nos jornais, produz o seu efeito, põe a malta a opinar, e coloca o nome dos clubes e das pessoas na lama.
Daqui a uns tempos, quando já ninguém se lembrar deste caso mas surgir um outro caso qualquer, se calhar também só fumaça, mas relacionado com outro clube, lá estaremos nós a apontar o dedo e eles a responder com o “Ah e tal, lembras-te dos emails do Pedro Guerra?” E é assim que estas coisas, verdadeiras ou não, lançam a desconfiança e perduram no tempo.
Mas também só falta agora o Pedro Guerra vir dizer logo à noite, tal como faz quando debita informação (ou desinformação, para alguns) no Prolongamento, que está ali (a enviar emails) em nome pessoal e que o Benfica não tem nada a ver com aquilo.
Tretas! Talvez as pessoas não tenham entendido ainda o ponto a que chegámos. O ponto a que chegámos é que logo à noite o país vai parar para ouvir as explicações de Pedro Guerra sobre um caso que envolve o Benfica. Esse é o ponto a que chegámos, meus amigos.
O ponto que Diamantino Miranda tão bem expressou na sua intervenção ontem na TV, de que nos dias hoje, quando vai aos jogos na Luz sente inveja de Pedro Guerra, porque ele é que é o herói! E quem diz o Guerra, diz os Saraivas e os Marques e essa “porcaria” toda.
Esses é que são os novos heróis dos clubes, a malta que faz carreira da arte de maldizer e de debitar bojardas sobre os outros clubes. O Guerra é que é o herói das selfies nos dias de hoje, não é o Diamantino, que tudo o que sabia fazer era dar uns chutes jeitosos na bola e dar umas alegriazitas aos adeptos com uns golitos que marcava.
E sobre isto é que se deve refletir, independentemente de ser o Guerra o protagonista, ou José ou a Luísa, ou até o Hugo Gil e a maior parte dos blogues, até deste da qual eu faço parte...
Porque sem fazer juízos de valor, apenas uma constatação dos factos, eu que sigo o Hugo Gil no meu facebook percebo que 99% do que o Hugo Gil lança é para “defender” o Benfica, não é para discutir o Benfica... Quase sempre é para falar bem mais dos outros do que do próprio Benfica, porque se acha que é assim que se defende o Benfica.
E isto não é uma crítica ao Hugo Gil... O Hugo Gil não será mais do que o reflexo do contexto “desportivo” que se vive em Portugal nos dias de hoje... Eu próprio, que escrevo neste blogue desde o primeiro ano de Jorge Jesus no Benfica, noto como as coisas mudaram...
Nesses tempos, não tão longínquos assim, este blogue e outros existiam essencialmente para se discutir o Benfica, mesmo que à conta de muitas alarvidades que também eram ditas. 99% do que se escrevia era sobre o Benfica e o espaço destinado aos adversários era muito curto.
Hoje, o que se nota (ou o que eu noto), na era da comunicação, na era em que até os “especialistas” da bola como o Rui Santos vêm dizer que o Porto não ganha porque acordou tarde para esta realidade de que os Pedros Guerras é que ganham campeonatos, até os blogues se tornaram inconscientemente veículos de comunicação dos clubes e desta teia que se montou.
A ideia que me dá é que hoje a malta acha que está toda em guerra, e até fica mal a um Benfiquista vir a um blogue do Benfica discutir o Benfica sobre algo negativo para o clube, porque não faltará quem venha dizer: “Olha-me este infiltrado, já não chegam os ataques dos outros, tens de vir tu também para aqui apunhalar-nos nas costas e lançar ainda mais lenha para a fogueira?!”
E essa é a reflexão que cada vez mais faço nos dias de hoje, e a razão pela qual cada vez vou escrevendo menos e revelando menos interesse por estes assuntos...
É este o futebol que quero? É o Pedro Guerra o herói que quero ter? É com estas novelas das bojardas e das mentiras e da desinformação desportivas que quero perder o meu tempo?
Cada vez mais o meu interesse se resume ao jogo da bola ao Domingo... E cada vez mais me vou tornando com orgulho num adepto desinformado, consciente de que prefiro ser um adepto desinformado do que um adepto mal informado, que é o que acontece àqueles que não perdem pitada de nada e vão seguindo o rebanho religiosamente.