Do Portugal Profundo: Regras e caos: o exemplo de Jordan Peterson

01-09-2020
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«First they ignore you. Then they ridicule you. And then they attack you and want to burn you. And then they build monuments to you.» 

Nicholas Klein, 1914 (esta citação é comummente mal atribuída a Gandhi).

Recomendo a leitura do livro «12 Rules for life: An antidote to chaos» do professor Jordan Peterson, publicado em janeiro de 2018, pela Random House Canada.

O canadiano Jordan Peterson, psicólogo e professor universitário, perseguido na academia, e que banido dos media controlados pela esquerda, ganhou projeção com o seu canal no Youtube (tal com o professor brasileiro Olavo de Carvalho) com mais de oitocentos mil subscritores, especialmente jovens, (nomeadamente da nova geração Z, das florzinhas de estufa) pelo seu combate cultural ao relativismo pós-modernista, à ideologia do género (e da identidade) e à ditadura do politicamente correto. Baseia-se na psicologia da evolução, na etologia, na ciência do comportamento e nos dados científicos, para contrariar os mitos da esquerda radical totalitária que hoje impera na sociedade, nos média e na política, ocidentais. Inspira-se em Jung, Kierkegaard, Solzhenitsyn e Dostoyevsky. A sua prédica moral tem o maior relevo ideológico, apesar do seu agnosticismo (ainda...).

O livro está em primeiro lugar na Amazon norte-americana e tem liderado vendas nos EUA, Canadá e Grã-Bretanha. Não há por aí uma editora com coragem para o editar em Portugal e o trazer cá para uma conferência?

Que fique claro que, Do Portugal Profundo, não abdico do combate político imediato. Que continuarei a fazer enquanto Deus me permitir. First in, first out, como sempre: na informação que me chegue ou que cheire. Sem contemplação, nem demora. Todavia, é fundamental fundar os meios de combate mediático para promover a doutrina, agregando vontades intransigentes e criando um movimento social, que resultará na vitória.

O problema da direita patriótica em Portugal tem sido a obsessão com a conquista imediata do poder. Essa obsessão turva a análise e enviesa a conclusão. Assim, inverte-se a ordem racional de tomada do poder para uma absurda convicção de que interessa primeiro conquistar o poder através da adesão a personagens que não comungam dos mesmos valores cristãos e são, na verdade, quase tão perversos, na transigência dos valores, na negligência da administração pública e na corrupção de Estado, quanto os socialistas radicais a que, intermitentemente, dizem opor-se. Julgam, por urgência e impaciência, que após a conquista do poder por uma vanguarda de insiders corruptos - que usa eleitoralmente o setor patriótico como atestado de bom comportamento cívico -, então conseguiriam impor os valores cristãos e obter os meios de comunicação que consolidarão a mudança social. Os personagens atuais que representam a direita não servem! As prioridades estão desordenadas. Mas precisamos de meios para veicular as ideias e expor os adversários, necessitamos de agregar as vontades e criar movimento: só depois virá o poder.

«First they ignore you. Then they ridicule you. And then they attack you and want to burn you. And then they build monuments to you.» 

Nicholas Klein, 1914 (esta citação é comummente mal atribuída a Gandhi).

Recomendo a leitura do livro «12 Rules for life: An antidote to chaos» do professor Jordan Peterson, publicado em janeiro de 2018, pela Random House Canada.

O canadiano Jordan Peterson, psicólogo e professor universitário, perseguido na academia, e que banido dos media controlados pela esquerda, ganhou projeção com o seu canal no Youtube (tal com o professor brasileiro Olavo de Carvalho) com mais de oitocentos mil subscritores, especialmente jovens, (nomeadamente da nova geração Z, das florzinhas de estufa) pelo seu combate cultural ao relativismo pós-modernista, à ideologia do género (e da identidade) e à ditadura do politicamente correto. Baseia-se na psicologia da evolução, na etologia, na ciência do comportamento e nos dados científicos, para contrariar os mitos da esquerda radical totalitária que hoje impera na sociedade, nos média e na política, ocidentais. Inspira-se em Jung, Kierkegaard, Solzhenitsyn e Dostoyevsky. A sua prédica moral tem o maior relevo ideológico, apesar do seu agnosticismo (ainda...).

O livro está em primeiro lugar na Amazon norte-americana e tem liderado vendas nos EUA, Canadá e Grã-Bretanha. Não há por aí uma editora com coragem para o editar em Portugal e o trazer cá para uma conferência?

Que fique claro que, Do Portugal Profundo, não abdico do combate político imediato. Que continuarei a fazer enquanto Deus me permitir. First in, first out, como sempre: na informação que me chegue ou que cheire. Sem contemplação, nem demora. Todavia, é fundamental fundar os meios de combate mediático para promover a doutrina, agregando vontades intransigentes e criando um movimento social, que resultará na vitória.

O problema da direita patriótica em Portugal tem sido a obsessão com a conquista imediata do poder. Essa obsessão turva a análise e enviesa a conclusão. Assim, inverte-se a ordem racional de tomada do poder para uma absurda convicção de que interessa primeiro conquistar o poder através da adesão a personagens que não comungam dos mesmos valores cristãos e são, na verdade, quase tão perversos, na transigência dos valores, na negligência da administração pública e na corrupção de Estado, quanto os socialistas radicais a que, intermitentemente, dizem opor-se. Julgam, por urgência e impaciência, que após a conquista do poder por uma vanguarda de insiders corruptos - que usa eleitoralmente o setor patriótico como atestado de bom comportamento cívico -, então conseguiriam impor os valores cristãos e obter os meios de comunicação que consolidarão a mudança social. Os personagens atuais que representam a direita não servem! As prioridades estão desordenadas. Mas precisamos de meios para veicular as ideias e expor os adversários, necessitamos de agregar as vontades e criar movimento: só depois virá o poder.

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