O secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, anunciou este domingo que o PCP tem "1.200 novos militantes", resultado de medidas do Comité Central, em curso, para "reforçar o partido nas empresas e locais de trabalho".
"Já contamos com 1.200 novos militantes", afirmou Jerónimo de Sousa ao discursar num comício, no pavilhão dos Bombeiros Voluntário de Sacavém, Loures, distrito de Lisboa, quando abordou a necessidade de "reforço da ação do partido" onde "pulsa o coração da luta de classes, nas empresas e locais de trabalho".
Segundo Jerónimo de Sousa, nos últimos meses houve uma "ação de contacto com 5.000 trabalhadores por conta de outrem" que resultaram nestes "1.200 novos militantes", pedindo o líder comunista mais esforços para "a criação de novas células e de reforço de outras" com vista ao "alargamento da ligação às massas" e da "influência" do partido. Este anúncio foi feito a dez meses do XXI Congresso, de 27 a 29 de novembro, depois de, há quatro anos, na reunião magna anterior, o partido ter anunciado o recrutamento de 5.300 novos militantes, de 2012 a 2016.
Jerónimo aproveitou ainda para para fazer o contra-ataque aos bloquistas, aconselhando-os a "retirar a lição" do que aconteceu.
"Não tivesse o BE aceitado credibilizar a encenação do PSD, acendendo à chantagem de aprovar as ditas medidas de compensação da receita para manter o excedente orçamental, e o PSD não teria tido sapatos para fazer o caminho que fez", acusou o secretário-geral do PCP.
E sugeriu aos bloquistas que dirijam as críticas a outros, que não os comunistas, e retirem "a lição": "Se o BE está hoje arrependido do papel que aceitou desempenhar nesta farsa do PSD, em vez de se atirar ao PCP, deve retirar a lição que se impõe e não voltar a alinhar nestas encenações."
Logo na quinta-feira, o líder parlamentar dos comunistas, João Oliveira, acusou o PSD de ter "montado uma encenação" com a baixa do IVA para a eletricidade de uso doméstico "nos sapatos do Bloco de Esquerda" durante o debate do Orçamento, no parlamento, que ficou marcado por esta polémica em torno da baixa do IVA.
Os sociais-democratas propuseram a descida do IVA na eletricidade de uso doméstico, mas fizeram depender o seu avanço da aprovação de medidas de compensação, como a redução de despesas nos gabinetes ministeriais e entrada em vigor em outubro, mas acabou por retirar a proposta depois de serem "chumbadas".
Na quinta-feira, no parlamento, o PSD prometeu, primeiro, votar a proposta de redução do valor do IVA, mas quando a medida foi a votos optou pela abstenção, dado que foi alterada a ordem de votação das propostas.
Hoje, no comício de Sacavém, Jerónimo de Sousa pediu às famílias portuguesas que, quando receberem a fatura da eletricidade, com o IVA a 23%, "se lembrem" de quem é a responsabilidade de o IVA não ter descido para 6% na eletricidade doméstica, "do PSD", que "nunca teve verdadeira intenção" de reduzir a taxa, "com o agradecimento do PS".
"Não foi desta vez, mas a luta continua até se conseguir a reposição do IVA da eletricidade", afirmou.
Ao longo de quase meia hora de discurso, Jerónimo de Sousa demorou-se a explicar aos militantes por que motivo o PCP se absteve no OE2020, marcado por "insuficiências e limitações".
Segundo Jerónimo de Sousa, os comunistas conseguiram vencer "resistências do PS" e foi "possível aprovar propostas que são avanços de inegável importância para a vida dos portugueses", em oito áreas, do aumento extraordinário das pensões de reforma de 10 euros, e não "um dois euros" que o Governo pretendia, à gratuidade das creches para 55 mil crianças ou ainda com "o compromisso de admissão de 2.500 efetivos" para as forças de segurança", PSP, GNR e SEF.
O secretário-geral dos comunistas admitiu que "muitas outras propostas e medidas, como a melhoria dos salários ou do investimento público" não ficaram no Orçamento do Estado deste ano e que vão "exigir luta" para não acabarem "sacrificadas no altar de um excedente orçamental, uma "errada opção" do PS, PSD e CDS.
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O secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, anunciou este domingo que o PCP tem "1.200 novos militantes", resultado de medidas do Comité Central, em curso, para "reforçar o partido nas empresas e locais de trabalho".
"Já contamos com 1.200 novos militantes", afirmou Jerónimo de Sousa ao discursar num comício, no pavilhão dos Bombeiros Voluntário de Sacavém, Loures, distrito de Lisboa, quando abordou a necessidade de "reforço da ação do partido" onde "pulsa o coração da luta de classes, nas empresas e locais de trabalho".
Segundo Jerónimo de Sousa, nos últimos meses houve uma "ação de contacto com 5.000 trabalhadores por conta de outrem" que resultaram nestes "1.200 novos militantes", pedindo o líder comunista mais esforços para "a criação de novas células e de reforço de outras" com vista ao "alargamento da ligação às massas" e da "influência" do partido. Este anúncio foi feito a dez meses do XXI Congresso, de 27 a 29 de novembro, depois de, há quatro anos, na reunião magna anterior, o partido ter anunciado o recrutamento de 5.300 novos militantes, de 2012 a 2016.
Jerónimo aproveitou ainda para para fazer o contra-ataque aos bloquistas, aconselhando-os a "retirar a lição" do que aconteceu.
"Não tivesse o BE aceitado credibilizar a encenação do PSD, acendendo à chantagem de aprovar as ditas medidas de compensação da receita para manter o excedente orçamental, e o PSD não teria tido sapatos para fazer o caminho que fez", acusou o secretário-geral do PCP.
E sugeriu aos bloquistas que dirijam as críticas a outros, que não os comunistas, e retirem "a lição": "Se o BE está hoje arrependido do papel que aceitou desempenhar nesta farsa do PSD, em vez de se atirar ao PCP, deve retirar a lição que se impõe e não voltar a alinhar nestas encenações."
Logo na quinta-feira, o líder parlamentar dos comunistas, João Oliveira, acusou o PSD de ter "montado uma encenação" com a baixa do IVA para a eletricidade de uso doméstico "nos sapatos do Bloco de Esquerda" durante o debate do Orçamento, no parlamento, que ficou marcado por esta polémica em torno da baixa do IVA.
Os sociais-democratas propuseram a descida do IVA na eletricidade de uso doméstico, mas fizeram depender o seu avanço da aprovação de medidas de compensação, como a redução de despesas nos gabinetes ministeriais e entrada em vigor em outubro, mas acabou por retirar a proposta depois de serem "chumbadas".
Na quinta-feira, no parlamento, o PSD prometeu, primeiro, votar a proposta de redução do valor do IVA, mas quando a medida foi a votos optou pela abstenção, dado que foi alterada a ordem de votação das propostas.
Hoje, no comício de Sacavém, Jerónimo de Sousa pediu às famílias portuguesas que, quando receberem a fatura da eletricidade, com o IVA a 23%, "se lembrem" de quem é a responsabilidade de o IVA não ter descido para 6% na eletricidade doméstica, "do PSD", que "nunca teve verdadeira intenção" de reduzir a taxa, "com o agradecimento do PS".
"Não foi desta vez, mas a luta continua até se conseguir a reposição do IVA da eletricidade", afirmou.
Ao longo de quase meia hora de discurso, Jerónimo de Sousa demorou-se a explicar aos militantes por que motivo o PCP se absteve no OE2020, marcado por "insuficiências e limitações".
Segundo Jerónimo de Sousa, os comunistas conseguiram vencer "resistências do PS" e foi "possível aprovar propostas que são avanços de inegável importância para a vida dos portugueses", em oito áreas, do aumento extraordinário das pensões de reforma de 10 euros, e não "um dois euros" que o Governo pretendia, à gratuidade das creches para 55 mil crianças ou ainda com "o compromisso de admissão de 2.500 efetivos" para as forças de segurança", PSP, GNR e SEF.
O secretário-geral dos comunistas admitiu que "muitas outras propostas e medidas, como a melhoria dos salários ou do investimento público" não ficaram no Orçamento do Estado deste ano e que vão "exigir luta" para não acabarem "sacrificadas no altar de um excedente orçamental, uma "errada opção" do PS, PSD e CDS.