Sindicatos pediram em frente ao Ministério da Educação mais funcionários nas escolas MadreMedia / Lusa 29 nov 2019 20:04 Atualidade Escolas Ensino Funcionários Públicos Partilhar Partilhar Partilhar Partilhar MadreMedia / Lusa · Atualidade · 29 nov 2019 10:06 De Lisboa ao Porto, já são dezenas as escolas encerradas devido à greve MadreMedia / Lusa · Atualidade · 29 nov 2019 09:27 Pela primeira vez em quase 40 anos, greve encerra escola secundária de Benfica. "Tenham juízo. Vão sair e vão para as vossas casas", pediu o diretor Dezenas de dirigentes sindicais concentraram-se hoje à tarde em frente ao Ministério da Educação para exigir mais funcionários nas escolas, em dia de greve nacional que, na ausência de respostas favoráveis da tutela, pode repetir-se em breve. Artur Sequeira, presidente da presidente Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), que convocou a greve, fixou ao início da tarde em cerca de 90% os números de adesão à paralisação dos assistentes operacionais das escolas que hoje decorreu em todo o país e que encerrou muitas escolas, uma “grande greve” que “era expectável”, segundo o dirigente sindical.Mais funcionários, o regresso de uma carreira especial para os trabalhadores das escolas e o fim do processo de municipalização em curso, nos moldes em que está a decorrer, são as grandes razões que motivaram a greve de hoje, com os trabalhadores e os seus sindicatos a exigirem um reforço nas cerca de seis mil funcionários e a revisão imediata da portaria de rácios que determina o número de assistentes a colocar em cada escola, mediante critérios que querem que sejam “mais maleáveis” e adaptáveis à realidade de cada estabelecimento” e que não tenha como “bitola” principal o número de alunos por escola.Todas estas questões os sindicatos querem discutir com a tutela, mas até ao momento, apesar do pedido de reunião apresentado no arranque da legislatura, a única resposta que obtiveram do Ministério da Educação foi “oral”, indicando a falta de tempo para neste momento se reunir com os sindicatos, algo que não satisfaz os representantes dos trabalhadores.“Vamos aprovar uma moção em que vamos exigir ser recebidos pelo ministro da Educação e vamos declarar ao senhor ministro que os trabalhadores estão disponíveis para continuar a luta de todas as formas que considerarem mais corretas no momento em que o considerarem fazer […] Perspetivamos continuar a analisar, ser recebidos pelo senhor ministro, saber quais são as soluções que tem para apresentar, queremos que nos diga que vai fazer uma nova portaria de rácios e a partir daquilo que nos disser que vai ser feito é que vamos decidir que lutas vamos fazer, o formato das mesmas e quando”, disse Artur Sequeira. Continuar a ler O presidente da federação sindical insistiu que fazem falta mais seis mil funcionários nas escolas, que nos últimos 20 anos saíram das escolas quase 12 mil assistentes operacionais e que os concursos e contratações entretanto realizados tiveram um impacto quase nulo.“O que foi acrescentado é muito pouco. O senhor ministro da Educação tem que se esforçar para provar que pôs mais trabalhadores no sistema e que a escola está mais segura e que tem mais trabalhadores para respeitar a qualidade da escola pública e os direitos dos trabalhadores. Ainda não o conseguiu fazer”, disse.Rosa Tavares, 58 anos de idade e 36 de serviço, é funcionária da escola secundária Professor Reynaldo dos Santos, em Vila Franca de Xira, distrito de Lisboa. À Lusa queixou-se de haver apenas 19 funcionários — três dos quais de baixa — para 1.400 alunos. A assistente operacional, que trabalha sozinha na portaria, gostaria de ver o posto de trabalho ao seu lado ocupado por um colega que aliviasse o seu esforço.“Há muito tempo que se arrasta esta situação. Nós já estamos cansadas, basta, porque nós não somos marionetas, somos funcionários, somos seres humanos”, disse à Lusa.O protesto sindical contou com a presença da deputada Paula Santos, do PCP, e da deputada Joana Mortágua, do Bloco de Esquerda, tendo ambas salientado aos jornalistas que os seus partidos recentemente entregaram iniciativas legislativas na Assembleia da República no sentido de uma revisão da portaria de rácios.“É preciso tomar medidas para resolver o problema que as escolas hoje vivem da falta de assistentes e que está a levar ao estrangulamento do funcionamento das escolas. […] A portaria de rácios não dá resposta aos problemas das escolas e à realidade concreta de cada uma. Nós também defendemos que haja essa revisão. Temos agendado para 12 de dezembro uma iniciativa que vai nesse sentido de resolução do problema imediato de contratação dos trabalhadores, revisão da portaria no sentido de introduzir um conjunto de critérios que tenha em conta a realidade concreta das escolas”, disse a deputada comunista.Paula Santos disse ainda que para o PCP a recuperação de uma carreira especial dos trabalhadores das escolas deve ser discutido, mas em sede de negociação coletiva, entre Governo e sindicatos.Já Joana Mortágua – acompanhada do vereador municipal de Lisboa, Manuel Grilo, que tem o pelouro dos direitos sociais e educação na autarquia -, sublinhou a importância dos funcionários para o normal funcionamento das escolas.“As escolas vivem num panorama permanente de rutura eminente, porque a portaria de rácios que determina o número de funcionários que devia existir nas escolas não está adequada às necessidades. Ela tem várias falhas e o BE tem vindo a alertar para isso. […] É uma matéria que certamente também não vamos esquecer no âmbito do Orçamento do Estado, mas isso não chega, porque estes funcionários precisam de uma carreira valorizada”, disse Joana Mortágua, indicando a necessidade de uma carreira especial com categorias que respondam ao nível de especialização destes funcionários. Newsletter As notícias não escolhem hora, mas o seu tempo é precioso. O SAPO 24 leva ao seu email a informação que realmente importa comentada pelos nossos cronistas. Subscrever Já subscrevi Notificações Porque as noticias não escolhem hora e o seu tempo é precioso. Subscrever Na sua rede favorita Siga-nos na sua rede favorita. Partilhar Partilhar Partilhar Partilhar Veja também MadreMedia / Lusa · Atualidade · 29 nov 2019 10:06 De Lisboa ao Porto, já são dezenas as escolas encerradas devido à greve MadreMedia / Lusa · Atualidade · 29 nov 2019 09:27 Pela primeira vez em quase 40 anos, greve encerra escola secundária de Benfica. "Tenham juízo. Vão sair e vão para as vossas casas", pediu o diretor Em destaque Quando o capitalismo é Deus, esta é a Sexta-Feira Santa Uma língua escondida por cima de Portugal Von der Leyen é o novo nome ao qual prestar atenção. Em que clube joga? Bola ao Ar: HalleLuka, irmãos, Ben Simmons marcou um triplo ao fim de um mês (e duas épocas) Mais populares Opinião · 1 dez 2019 14:59 Uma língua escondida por cima de Portugal Economia · 1 dez 2019 14:12 Bloco vai propor idade legal da reforma aos 65 anos Atualidade · 1 dez 2019 07:51 Um cordão luminoso com 2,4 milhões de lâmpadas e uma árvore de 30 metros. 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Artur Sequeira, presidente da presidente Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), que convocou a greve, fixou ao início da tarde em cerca de 90% os números de adesão à paralisação dos assistentes operacionais das escolas que hoje decorreu em todo o país e que encerrou muitas escolas, uma “grande greve” que “era expectável”, segundo o dirigente sindical.Mais funcionários, o regresso de uma carreira especial para os trabalhadores das escolas e o fim do processo de municipalização em curso, nos moldes em que está a decorrer, são as grandes razões que motivaram a greve de hoje, com os trabalhadores e os seus sindicatos a exigirem um reforço nas cerca de seis mil funcionários e a revisão imediata da portaria de rácios que determina o número de assistentes a colocar em cada escola, mediante critérios que querem que sejam “mais maleáveis” e adaptáveis à realidade de cada estabelecimento” e que não tenha como “bitola” principal o número de alunos por escola.Todas estas questões os sindicatos querem discutir com a tutela, mas até ao momento, apesar do pedido de reunião apresentado no arranque da legislatura, a única resposta que obtiveram do Ministério da Educação foi “oral”, indicando a falta de tempo para neste momento se reunir com os sindicatos, algo que não satisfaz os representantes dos trabalhadores.“Vamos aprovar uma moção em que vamos exigir ser recebidos pelo ministro da Educação e vamos declarar ao senhor ministro que os trabalhadores estão disponíveis para continuar a luta de todas as formas que considerarem mais corretas no momento em que o considerarem fazer […] Perspetivamos continuar a analisar, ser recebidos pelo senhor ministro, saber quais são as soluções que tem para apresentar, queremos que nos diga que vai fazer uma nova portaria de rácios e a partir daquilo que nos disser que vai ser feito é que vamos decidir que lutas vamos fazer, o formato das mesmas e quando”, disse Artur Sequeira. Continuar a ler O presidente da federação sindical insistiu que fazem falta mais seis mil funcionários nas escolas, que nos últimos 20 anos saíram das escolas quase 12 mil assistentes operacionais e que os concursos e contratações entretanto realizados tiveram um impacto quase nulo.“O que foi acrescentado é muito pouco. O senhor ministro da Educação tem que se esforçar para provar que pôs mais trabalhadores no sistema e que a escola está mais segura e que tem mais trabalhadores para respeitar a qualidade da escola pública e os direitos dos trabalhadores. Ainda não o conseguiu fazer”, disse.Rosa Tavares, 58 anos de idade e 36 de serviço, é funcionária da escola secundária Professor Reynaldo dos Santos, em Vila Franca de Xira, distrito de Lisboa. À Lusa queixou-se de haver apenas 19 funcionários — três dos quais de baixa — para 1.400 alunos. A assistente operacional, que trabalha sozinha na portaria, gostaria de ver o posto de trabalho ao seu lado ocupado por um colega que aliviasse o seu esforço.“Há muito tempo que se arrasta esta situação. Nós já estamos cansadas, basta, porque nós não somos marionetas, somos funcionários, somos seres humanos”, disse à Lusa.O protesto sindical contou com a presença da deputada Paula Santos, do PCP, e da deputada Joana Mortágua, do Bloco de Esquerda, tendo ambas salientado aos jornalistas que os seus partidos recentemente entregaram iniciativas legislativas na Assembleia da República no sentido de uma revisão da portaria de rácios.“É preciso tomar medidas para resolver o problema que as escolas hoje vivem da falta de assistentes e que está a levar ao estrangulamento do funcionamento das escolas. […] A portaria de rácios não dá resposta aos problemas das escolas e à realidade concreta de cada uma. Nós também defendemos que haja essa revisão. 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[…] É uma matéria que certamente também não vamos esquecer no âmbito do Orçamento do Estado, mas isso não chega, porque estes funcionários precisam de uma carreira valorizada”, disse Joana Mortágua, indicando a necessidade de uma carreira especial com categorias que respondam ao nível de especialização destes funcionários. Newsletter As notícias não escolhem hora, mas o seu tempo é precioso. O SAPO 24 leva ao seu email a informação que realmente importa comentada pelos nossos cronistas. Subscrever Já subscrevi Notificações Porque as noticias não escolhem hora e o seu tempo é precioso. Subscrever Na sua rede favorita Siga-nos na sua rede favorita. Partilhar Partilhar Partilhar Partilhar Veja também MadreMedia / Lusa · Atualidade · 29 nov 2019 10:06 De Lisboa ao Porto, já são dezenas as escolas encerradas devido à greve MadreMedia / Lusa · Atualidade · 29 nov 2019 09:27 Pela primeira vez em quase 40 anos, greve encerra escola secundária de Benfica. "Tenham juízo. 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