«Avante!» Nº 1356

24-02-2001
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Timor-Leste

Partir para um novo início

A definição de uma linha política, a coordenação de poderes, são nesta fase de transição preocupações centrais em Timor-Leste. De par do regresso, que se tem vindo a arrastar, dos refugiados, da resposta às necessidades básicas, da elaboração e concretização de planos para o urgente desenvolvimento socio-económico de um país arrasado.

O Conselho Supremo de Transição, que deverá funcionar acima da administração da ONU em Timor-Leste, está em fase de construção. Em causa, quer o número de elementos que o irão integrar, quer as responsabilidades que caberão a este órgão no governo de transição.

Sérgio Vieira de Mello, o administrador nomeado pelo Secretário Geral da ONU para Timor-Leste, defende que é importante conseguir ao mesmo tempo dar a «legitimidade que o CNRT merece», mas «incluir timorenses de outras opiniões».

Uma possibilidade que o CNRT admite, tendo embora em conta algumas condições mínimas, em particular a exclusão imediata de qualquer timorense que «tenha cometido, defendido ou planeado qualquer acto de violência» em Timor-Leste «antes, durante e após a consulta».

A constituição deste Conselho vem na sequência das reuniões de trabalho havidas entre Sérgio Vieira de Mello e Xanana Gusmão, em Dili.

A articulação entre a ONU e o CNRT ao nível da administração de Timor-Leste e a concretização de políticas acordadas foram os temas centrais da primeira reunião de trabalho entre o administrador da ONU e o dirigente da resistência. Um encontro que, nas palavras de Sérgio Vieira de Melo, serviu sobretudo para «limpar o ar», em particular depois das críticas de líderes timorenses quanto à falta de consulta por parte de estruturas da ONU.

«Partimos de um activismo político de muito longo tempo para uma capacidade técnica de gerir a nação» – constatou Xanana, que sublinhou ainda - «Da nossa parte, todo o nosso empenho será contribuir para a missão da UNTAET que é o objectivo de prepararmos os timorenses para gerir a sua nova nação».

«Estamos agora a partir para um novo início, para um período de muita importância para o nosso povo e o nosso país», sintetizou.

A este primeiro encontro iria suceder-se a participação conjunta de Xanana Gusmão e Sérgio Vieira de Mello, num momento muito especial – o primeiro contacto do presidente do CNRT com o povo de Díli, desde que regressou a Timor-Leste.

Numa grande sala – o ginásio da capital – que foi pequena para acolher os milhares de timorenses que o vieram ouvir, Xanana falou de democracia, como um processo que se constrói de baixo para cima e que só com a sociedade civil e a força democrática se pode «levar Timor para a frente».

Nestes mesmo dias teve lugar um outro encontro visando melhorar a coordenação entre o Conselho da Resistência e a ONU. Ross Mountain, responsável da Organização de Coordenação da Assistência Humanitária a Timor-Leste (OCHA), acompanhado de uma equipa de responsáveis de outros órgãos da ONU, reuniu com o presidente do CRNT para uma maior coordenação entre as diferentes organizações.

Na vasta gama de assuntos debatidos, realce para um objectivo fundamental da resistência – reduzir a dependência face ao apoio humanitário, garantindo uma cada vez maior auto-suficiência.

Regresso e reconstrução

Em acordo assinado esta segunda-feira entre a Interfet e os militares indonésios, foi assumido o compromisso de «abertura das fronteiras» para permitir a mais rápida repatriação dos timorenses que se encontram em Timor Ocidental. Um documento que entretanto não é muito específico, comprometendo-se as duas partes a «fazer tudo o que lhes for possível» para garantir «um movimento rápido e sem obstáculos» dos refugiados».

Neste momento mais de 200 mil timorenses, obrigados a fugir de duas casas face à vaga de violência desencadeada por milícias e militares após o referendo, continuam em centenas de campos espalhados por Timor Ocidental, muitos deles nas zonas fronteiriças.

A sua repatriação tem vindo a ser dificultada por uma campanha de desinformação, por parte das milícias, de par de intimidação física, o que naturalmente gera um clima de medo.

Entretanto, mais de 85000 timorenses já regressaram a Timor-Leste por terra, mar e ar, desde o início do programa de repatriamento, com cerca de 40 por cento desse número a atravessar espontâneamente a fronteira com Timor Ocidental.

Mais de 53000 timorenses entraram no território em voos e navios fretados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e Organização Internacional de Migrações (OIM).

Para além do repatriamento, as duas actuais prioridades de apoio a Timor-Leste são os programas de distribuição de sementes e o envio para o território de materiais de construção.

Mais de 240 toneladas de sementes foram já entregues a oito centros de distribuição que posteriormente as vão canalizar para 144 locais em Timor-Leste para serem entregues aos agricultores.

Ao mesmo tempo, mais de 1500 kits de reconstrução – cada um deles servindo para a reconstrução de cinco habitações – estão a ser canalizados directamente para o Comité de Emergência do Conselho nacional de Resistência Timorense, para a Igreja e para instituições nacionais.

Para já, graves problemas permanecem por resolver, em particular no interior onde, como alertou Ximenes Belo, bispo de Díli, não há quase nenhuma ajuda às populações – nem comida nem cuidados médicos.

Um outro problema particularmente grave – muito comum em momentos de instabilidade e em que tudo falta – é o aproveitamento, pelos especuladores, da situação.

Neste momento, há pessoas que estão a vender a altos preços o arroz que é oferecido. Produtos essenciais acabam por ser comprados, a preços baixos, pelos especuladores, que os armazenam, e vendem depois a preços inflacionados.

Perante esta situação as Falintil (forças armadas da resistência timorense) estão a organizar postos de venda de géneros alimentares, que vão adquirir nas montanhas para vender a preços baixos. Uma forma de tentar pôr fim à inflação em Timor-Leste, onde produtos que antes da consulta de 30 de Agosto custavam 1500 rupias custam agora 15000.

Esta situação é entretanto difícil de controlar e o momento crítico que os timorenses vivem de falta de alimento poderá estender-se até fevereiro, altura da colheita do milho.

______

UNICEF prepara

programa de emergência

A UNICEF preparou para os próximos seis meses um programa de acção para Timor-Leste destinado a levar as crianças às escolas e que compreende, desde distribuição maciça de materiais, a incentivos para professores.

O programa, que começou já este mês, compreende uma procura intensiva de professores e material de estudo, que deve ficar concluída até ao final do ano, bem como uma avaliação detalhada dos recursos físicos e humanos existentes.

Numa Segunda fase, ainda antes do início do ano 2000, começam a ser implementados os restantes elementos do projecto, que incluem a reparação e construção das escolas e a impressão e desenvolvimento de material de ensino em tétum, a língua timorense.

O projecto prevê ainda apoio na criação de cursos intensivos de formação de professores e no desenvolvimento de currículos de ensino e ainda no fornecimento de material desportivo e de recreio.

Segundo o plano, serão distribuídos kits aos alunos com objectos como livros de exercícios, lápis, canetas e borrachas. Os professores receberão também material didáctico.

O plano da UNICEF inclui ainda a entrega de pacotes para desporto e tempos livres, contendo nomeadamente bolas, cordas para saltar ou tambores.

O programa é integralmente suportado pela UNICEF, ajudada pelo Programa Alimentar Mundial, que distribuirá arroz para os professores e a alimentação a ser dada nas escolas.

Wirianto implicado na violência Generais indonésios, incluindo o actual ministro Wiranto, foram acusados, por uma comissão governamental, de envolvimento na onda de violência e destruição que devastou Timor-Leste.

Os altos militares indonésios serão convocados antes da investigação que será realizada por um tribunal de direitos humanos sobre as violações cometidas no território que a Indonésia ocupou durante quase 24 anos.

As provas evidenciam que os generais planearam a onda de violência, estavam a par dos planos de destruição e nada fizeram para os impedir.

Entretanto, uma equipa judicial seguiu para Timor-Leste nesta terça-feira para investigar, na localidade der Suai, a primeira fossa comum encontrada depois da onda de violência que se seguiu ao referendo sobre a independência.

Segundo testemunhas, a 6 de Setembro passado, cerca de 200 pessoas que procuravam refúgio na Igreja de Fátima, em Suai, foram assassinadas pelas milícias com a cumplicidade do exército indonésio.

O presidente do Comité de Investigação dos Abusos dos Direitos Humanos em Timor-Leste, Albert Hasibuan, nomeado pelo presidente indonésio, foi pressionado para apresentar resultados e desse modo minimizar uma intervenção estrangeira nas investigações. Entretanto também é esperada no território esta semana uma equipa de cinco pessoas da ONU que, recebendo um mandato do Comité dos Direitos Humanos, irá investigar a violência praticada após o referendo.

Fidel esclarece

O chefe de Estado cubano, Fidel Castro, afirmou à Rádio Renascença que Havana sempre defendeu a independência de Timor-Leste e condenou os crimes cometidos no território.

«Sempre formos partidários da independência de Timor e críticos dos crimes cometidos pelo Ocidente, o Ocidente que abandonou, pelas razões conhecidas, Timor. Ninguém mexeu um dedo quando foi declarada a independência», disse Fidel.

O dirigente cubano fez questão de esclarecer que o voto do Governo cubano contra a intervenção de uma força das nações Unidas em Timor-Leste não significa que Cuba tenha deixado de apoiar a transformação do território num Estado independente. A oposição de Cuba é dirigida «ao novo conceito estratégico da NATO», sublinhou Fidel Castro.

Para participar nas acções de ajuda humanitária em Timor-Leste «Cuba está em posição de enviar médicos para locais onde fizerem falta», disse Fidel, acrescentando que é uma questão que está a ser analisada.

«Avante!» Nº 1356 - 25.Novembro.1999

Timor-Leste

Partir para um novo início

A definição de uma linha política, a coordenação de poderes, são nesta fase de transição preocupações centrais em Timor-Leste. De par do regresso, que se tem vindo a arrastar, dos refugiados, da resposta às necessidades básicas, da elaboração e concretização de planos para o urgente desenvolvimento socio-económico de um país arrasado.

O Conselho Supremo de Transição, que deverá funcionar acima da administração da ONU em Timor-Leste, está em fase de construção. Em causa, quer o número de elementos que o irão integrar, quer as responsabilidades que caberão a este órgão no governo de transição.

Sérgio Vieira de Mello, o administrador nomeado pelo Secretário Geral da ONU para Timor-Leste, defende que é importante conseguir ao mesmo tempo dar a «legitimidade que o CNRT merece», mas «incluir timorenses de outras opiniões».

Uma possibilidade que o CNRT admite, tendo embora em conta algumas condições mínimas, em particular a exclusão imediata de qualquer timorense que «tenha cometido, defendido ou planeado qualquer acto de violência» em Timor-Leste «antes, durante e após a consulta».

A constituição deste Conselho vem na sequência das reuniões de trabalho havidas entre Sérgio Vieira de Mello e Xanana Gusmão, em Dili.

A articulação entre a ONU e o CNRT ao nível da administração de Timor-Leste e a concretização de políticas acordadas foram os temas centrais da primeira reunião de trabalho entre o administrador da ONU e o dirigente da resistência. Um encontro que, nas palavras de Sérgio Vieira de Melo, serviu sobretudo para «limpar o ar», em particular depois das críticas de líderes timorenses quanto à falta de consulta por parte de estruturas da ONU.

«Partimos de um activismo político de muito longo tempo para uma capacidade técnica de gerir a nação» – constatou Xanana, que sublinhou ainda - «Da nossa parte, todo o nosso empenho será contribuir para a missão da UNTAET que é o objectivo de prepararmos os timorenses para gerir a sua nova nação».

«Estamos agora a partir para um novo início, para um período de muita importância para o nosso povo e o nosso país», sintetizou.

A este primeiro encontro iria suceder-se a participação conjunta de Xanana Gusmão e Sérgio Vieira de Mello, num momento muito especial – o primeiro contacto do presidente do CNRT com o povo de Díli, desde que regressou a Timor-Leste.

Numa grande sala – o ginásio da capital – que foi pequena para acolher os milhares de timorenses que o vieram ouvir, Xanana falou de democracia, como um processo que se constrói de baixo para cima e que só com a sociedade civil e a força democrática se pode «levar Timor para a frente».

Nestes mesmo dias teve lugar um outro encontro visando melhorar a coordenação entre o Conselho da Resistência e a ONU. Ross Mountain, responsável da Organização de Coordenação da Assistência Humanitária a Timor-Leste (OCHA), acompanhado de uma equipa de responsáveis de outros órgãos da ONU, reuniu com o presidente do CRNT para uma maior coordenação entre as diferentes organizações.

Na vasta gama de assuntos debatidos, realce para um objectivo fundamental da resistência – reduzir a dependência face ao apoio humanitário, garantindo uma cada vez maior auto-suficiência.

Regresso e reconstrução

Em acordo assinado esta segunda-feira entre a Interfet e os militares indonésios, foi assumido o compromisso de «abertura das fronteiras» para permitir a mais rápida repatriação dos timorenses que se encontram em Timor Ocidental. Um documento que entretanto não é muito específico, comprometendo-se as duas partes a «fazer tudo o que lhes for possível» para garantir «um movimento rápido e sem obstáculos» dos refugiados».

Neste momento mais de 200 mil timorenses, obrigados a fugir de duas casas face à vaga de violência desencadeada por milícias e militares após o referendo, continuam em centenas de campos espalhados por Timor Ocidental, muitos deles nas zonas fronteiriças.

A sua repatriação tem vindo a ser dificultada por uma campanha de desinformação, por parte das milícias, de par de intimidação física, o que naturalmente gera um clima de medo.

Entretanto, mais de 85000 timorenses já regressaram a Timor-Leste por terra, mar e ar, desde o início do programa de repatriamento, com cerca de 40 por cento desse número a atravessar espontâneamente a fronteira com Timor Ocidental.

Mais de 53000 timorenses entraram no território em voos e navios fretados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e Organização Internacional de Migrações (OIM).

Para além do repatriamento, as duas actuais prioridades de apoio a Timor-Leste são os programas de distribuição de sementes e o envio para o território de materiais de construção.

Mais de 240 toneladas de sementes foram já entregues a oito centros de distribuição que posteriormente as vão canalizar para 144 locais em Timor-Leste para serem entregues aos agricultores.

Ao mesmo tempo, mais de 1500 kits de reconstrução – cada um deles servindo para a reconstrução de cinco habitações – estão a ser canalizados directamente para o Comité de Emergência do Conselho nacional de Resistência Timorense, para a Igreja e para instituições nacionais.

Para já, graves problemas permanecem por resolver, em particular no interior onde, como alertou Ximenes Belo, bispo de Díli, não há quase nenhuma ajuda às populações – nem comida nem cuidados médicos.

Um outro problema particularmente grave – muito comum em momentos de instabilidade e em que tudo falta – é o aproveitamento, pelos especuladores, da situação.

Neste momento, há pessoas que estão a vender a altos preços o arroz que é oferecido. Produtos essenciais acabam por ser comprados, a preços baixos, pelos especuladores, que os armazenam, e vendem depois a preços inflacionados.

Perante esta situação as Falintil (forças armadas da resistência timorense) estão a organizar postos de venda de géneros alimentares, que vão adquirir nas montanhas para vender a preços baixos. Uma forma de tentar pôr fim à inflação em Timor-Leste, onde produtos que antes da consulta de 30 de Agosto custavam 1500 rupias custam agora 15000.

Esta situação é entretanto difícil de controlar e o momento crítico que os timorenses vivem de falta de alimento poderá estender-se até fevereiro, altura da colheita do milho.

______

UNICEF prepara

programa de emergência

A UNICEF preparou para os próximos seis meses um programa de acção para Timor-Leste destinado a levar as crianças às escolas e que compreende, desde distribuição maciça de materiais, a incentivos para professores.

O programa, que começou já este mês, compreende uma procura intensiva de professores e material de estudo, que deve ficar concluída até ao final do ano, bem como uma avaliação detalhada dos recursos físicos e humanos existentes.

Numa Segunda fase, ainda antes do início do ano 2000, começam a ser implementados os restantes elementos do projecto, que incluem a reparação e construção das escolas e a impressão e desenvolvimento de material de ensino em tétum, a língua timorense.

O projecto prevê ainda apoio na criação de cursos intensivos de formação de professores e no desenvolvimento de currículos de ensino e ainda no fornecimento de material desportivo e de recreio.

Segundo o plano, serão distribuídos kits aos alunos com objectos como livros de exercícios, lápis, canetas e borrachas. Os professores receberão também material didáctico.

O plano da UNICEF inclui ainda a entrega de pacotes para desporto e tempos livres, contendo nomeadamente bolas, cordas para saltar ou tambores.

O programa é integralmente suportado pela UNICEF, ajudada pelo Programa Alimentar Mundial, que distribuirá arroz para os professores e a alimentação a ser dada nas escolas.

Wirianto implicado na violência Generais indonésios, incluindo o actual ministro Wiranto, foram acusados, por uma comissão governamental, de envolvimento na onda de violência e destruição que devastou Timor-Leste.

Os altos militares indonésios serão convocados antes da investigação que será realizada por um tribunal de direitos humanos sobre as violações cometidas no território que a Indonésia ocupou durante quase 24 anos.

As provas evidenciam que os generais planearam a onda de violência, estavam a par dos planos de destruição e nada fizeram para os impedir.

Entretanto, uma equipa judicial seguiu para Timor-Leste nesta terça-feira para investigar, na localidade der Suai, a primeira fossa comum encontrada depois da onda de violência que se seguiu ao referendo sobre a independência.

Segundo testemunhas, a 6 de Setembro passado, cerca de 200 pessoas que procuravam refúgio na Igreja de Fátima, em Suai, foram assassinadas pelas milícias com a cumplicidade do exército indonésio.

O presidente do Comité de Investigação dos Abusos dos Direitos Humanos em Timor-Leste, Albert Hasibuan, nomeado pelo presidente indonésio, foi pressionado para apresentar resultados e desse modo minimizar uma intervenção estrangeira nas investigações. Entretanto também é esperada no território esta semana uma equipa de cinco pessoas da ONU que, recebendo um mandato do Comité dos Direitos Humanos, irá investigar a violência praticada após o referendo.

Fidel esclarece

O chefe de Estado cubano, Fidel Castro, afirmou à Rádio Renascença que Havana sempre defendeu a independência de Timor-Leste e condenou os crimes cometidos no território.

«Sempre formos partidários da independência de Timor e críticos dos crimes cometidos pelo Ocidente, o Ocidente que abandonou, pelas razões conhecidas, Timor. Ninguém mexeu um dedo quando foi declarada a independência», disse Fidel.

O dirigente cubano fez questão de esclarecer que o voto do Governo cubano contra a intervenção de uma força das nações Unidas em Timor-Leste não significa que Cuba tenha deixado de apoiar a transformação do território num Estado independente. A oposição de Cuba é dirigida «ao novo conceito estratégico da NATO», sublinhou Fidel Castro.

Para participar nas acções de ajuda humanitária em Timor-Leste «Cuba está em posição de enviar médicos para locais onde fizerem falta», disse Fidel, acrescentando que é uma questão que está a ser analisada.

«Avante!» Nº 1356 - 25.Novembro.1999

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