Em Espanha 3400 Eleitores
Por NUNO RIBEIRO, em Madrid
Sexta-feira, 12 de Janeiro de 2001
Em Espanha, estão recenseados 3400 eleitores que, pela primeira vez, exercem o seu direito de voto nas presidenciais. Num país onde existe uma flutuante emigração lusa, sobretudo relacionada com trabalho temporário na agricultura, no ciclo das diversas colheitas, foram estes os portugueses, portadores de bilhete de identidade nacional onde consta a sua residência em território espanhol, que se inscreveram até Agosto último nos cadernos eleitorais. Entre hoje e domingo, podem ir às urnas, em 10 mesas de voto instaladas em diversas zonas do país.
É em Barcelona que se verifica o maior número de inscrições - 1186 eleitores -, até porque o consulado português na capital catalã abrange áreas tão diversas como a Catalunha, Aragão, Valência, Alicante e Palma de Maiorca: uma grande dispersão geográfica de eleitores que augura um alto nível de abstenção. Já na Galiza, os consulados de Vigo e Ourense cobrem aquela Comunidade Autónoma, onde estão inscritos 774 eleitores, o mesmo acontecendo com o de Sevilha e Huelva, relativamente à Andaluzia e aos 210 portugueses recenseados. Já o consulado de Bilbau tem uma área de influência demasiado extensa - do País Basco a La Rioja, da Cantábria a Burgos e Soria - e 569 inscritos nos cadernos eleitorais.
Um caso curioso é o de Madrid: 399 eleitores, a que se somam 86 na secção de voto de Leão, 62 de Badajoz e 87 de Salamanca, com a obrigatoriedade de proceder ao escrutínio do voto enviado pelos consulados de Rabat, Tunes, Argel, Abdijan, Lagos e Dakar.
Segundo o PÚBLICO apurou, a principal dificuldade foi a constituição das mesas, necessariamente integradas por cinco pessoas, que, durante três dias, entre hoje e domingo, têm de estar abertas: os cerca de 6500 escudos que, por dia, recebe cada membro da mesa não provocaram grandes adesões. Entre funcionários e a boa vontade de alguns, foram reunidos os membros, embora os serviços consulares se desdobrem em atenções: televisões para combater os espaços mortos na votação, café e alguma comida.
Nuno Ribeiro, em Madrid
Em Espanha 3400 Eleitores
Por NUNO RIBEIRO, em Madrid
Sexta-feira, 12 de Janeiro de 2001
Em Espanha, estão recenseados 3400 eleitores que, pela primeira vez, exercem o seu direito de voto nas presidenciais. Num país onde existe uma flutuante emigração lusa, sobretudo relacionada com trabalho temporário na agricultura, no ciclo das diversas colheitas, foram estes os portugueses, portadores de bilhete de identidade nacional onde consta a sua residência em território espanhol, que se inscreveram até Agosto último nos cadernos eleitorais. Entre hoje e domingo, podem ir às urnas, em 10 mesas de voto instaladas em diversas zonas do país.
É em Barcelona que se verifica o maior número de inscrições - 1186 eleitores -, até porque o consulado português na capital catalã abrange áreas tão diversas como a Catalunha, Aragão, Valência, Alicante e Palma de Maiorca: uma grande dispersão geográfica de eleitores que augura um alto nível de abstenção. Já na Galiza, os consulados de Vigo e Ourense cobrem aquela Comunidade Autónoma, onde estão inscritos 774 eleitores, o mesmo acontecendo com o de Sevilha e Huelva, relativamente à Andaluzia e aos 210 portugueses recenseados. Já o consulado de Bilbau tem uma área de influência demasiado extensa - do País Basco a La Rioja, da Cantábria a Burgos e Soria - e 569 inscritos nos cadernos eleitorais.
Um caso curioso é o de Madrid: 399 eleitores, a que se somam 86 na secção de voto de Leão, 62 de Badajoz e 87 de Salamanca, com a obrigatoriedade de proceder ao escrutínio do voto enviado pelos consulados de Rabat, Tunes, Argel, Abdijan, Lagos e Dakar.
Segundo o PÚBLICO apurou, a principal dificuldade foi a constituição das mesas, necessariamente integradas por cinco pessoas, que, durante três dias, entre hoje e domingo, têm de estar abertas: os cerca de 6500 escudos que, por dia, recebe cada membro da mesa não provocaram grandes adesões. Entre funcionários e a boa vontade de alguns, foram reunidos os membros, embora os serviços consulares se desdobrem em atenções: televisões para combater os espaços mortos na votação, café e alguma comida.
Nuno Ribeiro, em Madrid